Updates, Live

Friday, January 22, 2016

As rosas amo dos jardins de Adónis, (Pessoa - como Ricardo Reis - rendido em espanhol - em seguida, em romeno por Dan Caragea)

(source: dinora)
no copyright infringement intended

Este poema me faz pensar em uma grande palavra: "sossego" (uma palavra que tem muitos significados relacionados) - compreender a natureza efêmera da vida e da volatilidade dos tempos, e aceitar em paz, tranquilidade, com Horatian descolamento.


As rosas amo dos jardins de Adónis,
Essas volucres amo, Lídia, rosas,
Que em o dia em que nascem,
Em esse dia morrem.

A luz para elas é eterna, porque
Nascem nascido já o Sol, e acabam
Antes que Apolo deixe
O seu curso visível.

Assim façamos nossa vida um dia ,
Inscientes, Lídia, voluntariamente
Que há noite antes e após
O pouco que duramos.



As rosas amo dos jardins de Adónis (1914)
(video by mariolafrita)


Las rosas del jardín de Adonis amo,
esas volucres amo, Lydia,  rosas
que el día en el que nacen,
en ese día, mueren.

La luz para ellas es eterna, porque
nacen nacido el sol y ya se acaban
antes que Apolo deje
su visible camino.

Así que un día hagamos nuestras vidas,
Lydia, ignorantes voluntariamente
de que antes y después
de durar es de noche.
(source: blog of dinora)


(source: Catarina Inácio)
no copyright infringement intended


Doar roze din grădina lui Adonis
Iubesc, o, Lidia, roze efemere,
Ce-n ziua când răsar
În ziua aceea mor.

Lumina pentru ele e eternă,
Fiindcă răsar în răsărit de soare
Sfârșind până ce-Apolo
Dispare-n nevăzut.

Să facem dar din viața noastră o zi,
Uitând, de bună voie, că e noapte
La început și după
Puținul cât durăm.




(Fernando Pessoa)

(Dan Caragea)

Labels: ,

0 Comments:

Post a Comment

<< Home